sábado, 4 de janeiro de 2014

Retorno: Dia 1, Arica - Antofagasta.

Retornando...Infelizmente!

Dia 4 - Susque - Calama

Acordamos cedo e partimos para o desayuno, muito bom por sinal. Nos despedimos dos brasileiros que estavam de carro e do pessoal do hostel, seguiu conosco nosso amigo Yenna (100Limite) de Rio Negrinho SC...partimos para o Chile!
Rodamos aproximadamente 250km até a Aduana Arg/Chi,  perdemos pouco mais de uma hora com a papelada de entrada e saída...Bem vindos ao Chile!
Na altitude as motos sofrem muito, fazendo as nossas 250/300 parecer uma pop100 carregada, sobe serra, desce serra, chegamos a São Pedro de Atacama, tudo muito caro para pernoitar resolvemos adiantar alguns km e rodamos até Calama (evite rodar no deserto depois das 16:00hrs, o vento é muito forte) entre São Pedro e Calama são aproximadamente 100km de rajadas de vento fortíssimas e sem rumo,  podem vir de qualquer lado,  então "velejamos" esses 100km e pernoitamos no Lincankabur CLP $45.000 (R$220,00) (Calama é uma cidade mais cara que São Pedro, se der pra passar,  fuja).
Entre Susques e Calama não foi diferente do que vimos depois de Purmamarca, visual incrível!

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Dia 5 - Calama - Arica

Saimos cedo em direção ao posto de gasolina, completamos o tanque e os galões, nos despedimos do Fabiano (Yenna) e partimos cada um para seu lado, ele para Antofagasta e nós para Arica.
Estrada longa e retas intermináveis, velocímetro cravado em 110 para manter o consumo legal e evitar uma pardalzada dos carabineiros chilenos que ficam na espreita.
Chegamos em Arica e encontramos um hostel por 15000 pesos chilenos (R$75,00) show de bola, limpo, simples e barato. Hostal Glory!
2 dias em Arica para a virada de ano e um descanso merecido.

Dia 2 Corrientes - Gal. Martin de Guemes (ou não)

Depois de um primeiro dia um pouco azarado encontramos uma boa acomodação de última hora hotel San Martin por 400 pesos (+/-112 reais) onde encontramos um pessoal muito camarada que nos deu dicas importantes inclusive sobre postos... saímos do hotel 7:30 após o "desayuno", perdemos incríveis 2 horas atrás de postos de combustíveis com combustível,  fomos mandados embora de 3 antes de obter sucesso, com o tanque cheio caímos fora de Corrientes... (tentamos).
Aquela coisa que dizem e você não acha que vai acontecer com você... ficamos esperançosos que não seríamos parados pela polícia caminera na ponte de Corrientes, fomos! Após pegar todos os documentos e constatar que estávamos com mais do que o necessário,  o guarda muito gentil disse que cometemos uma infração ao seguir as outras motos e que moto internacionais não podem trafegar na avenida principal...blablabla...contribuição espontânea...blablabla, pagamos 150 pesos cada moto! Fomos adiante...Após graças ao bom Deus sair de corrientes tivemos a inspiração de parar em um posto e encher dois galões com gasolina extra,  que serviram muito bem já que a autonomia da CB é baixa e existe um intervalo de 100km aproximadamente entre um posto e outro, demos um jeito de prender os galões (gambiarra) na CB, mas infelizmente com as rajadas de vento e chuva constante (de hors em hora), eles acabaram dançando sobre o baú e nos custaram o resto da manhã.
Quanto à chuva e vento...começa do nada e se você não estiver ligado te derruba! Andei de moto hoje como se estivesse velejando pra poder equilibrar com a força do vento lateral.
Impressionante mesmo é ver a união dos motociclistas que se ajudam mutuamente sem se conhecer, vários passaram por nós e fizeram uma festa ao ver que viajávamos, assim como eles, assim como o casal paranaense que viaja de carro para o fim do mundo e parou pra saber da nossa viagem e dizer que eles fazem parte de um moto grupo mas viajando de carro podem levar mais coisas e acampar no carro.
Infelizmente  (ou felizmente), resolvemos pernoitar em Joaquim V. González devido nosso cansaço físico e mental,  pois encarar quase 800km de retas intermináveis contra o vento e chuva toda hora,  não é pra qualquer um...encontramos um hostel muito bom,  limpo e barato. Fica na saída da cidade ao lado do posto de servicios YPF, 280 pesos com café,  Wifi (estou nela agora) e garagem. Próximo destino: Atacama!

Dia 3 - Susques

Acordamos cedo em Joaquim V. González, aproveitamos o desayuno do hostel e encontramos 2 aventureiros de Santa Catarina que nos deram dicas legais sobre o Chile e San Pedro de Atacama. Saímos em direção ao deserto contando com a colaboração do tempo já que daí em diante as chuvas seriam menos frequentes,  realmente foram,  ponto pra gente! Parada para almoço próximo à Salta(Arg), não seria nosso caminho, mas como precisávamos de câmbio e pesos argentinos acabamos indo em vão até o aeroporto internacional para descobrir que não há câmbio,  felizmente um guarda do aeroporto precisava de reais para viajar e trocamos uns reais com ele.
Seguimos para o deserto por um caminho alternativo entre Salta e Yala, 90km, cerca de 50km de curvas fechadas a cada 50m e estrada estreita que segundo as placas tinham generosos 4m entre o paredão e o precipício...lembrei da "carretera Yungas" na Bolívia conhecida como a estrada da morte, valeu muito a pena,  pois a vista era incrível!
Como perdemos tempo com as curvas,  não conseguiriamos chegar ao deserto, decidimos então rodar até Susques próximo da fronteira Arg/Chi.
Ao entrar em Purmamarca, ficamos impressionados com as montanhas coloridas que fizeram nosso dia menos cansativo mas também fomos surpreendidos pela altitude que levou embora metade da força das motos, fazendo com que o top speed ficasse em 70 km/h a 4200m do nível do mar. Caminho lindo pelo salar onde tivemos que dar preferência para um rebanho de lhamas selvagens atravessar a estrada. Chegamos tarde em Susques e pernoitamos em um hotel na beira da ruta por 350 pesos con desayuno y cochera. Encontramos 3 brasileiros lá, conversamos um pouco e fomos para o berço.